Um grito de desespero
preso na garganta,
E eu aqui
impotente diante de tua dor.
Apenas
querendo captar as tuas lágrimas com meu amor.
Anseio por
poder te envolver nos braços,
Fazer-te esquecer
que dor e sofrimento são reais.
Transformar
em faz-de-conta toda a tua angústia.
Dar-lhe
apenas o lado doce de amar.
Mas meu amor
nunca será aquilo que irá sanar essas feridas,
Pois se até
o sol que é forte, mal transforma o mar em sal,
Como posso
eu, que nada sou além de teu,
Transformar
essas lágrimas em mel?
Se por pura
vontade, pudesse te fazer feliz,
Teria agora
neste lindo rosto o maior de todos os sorrisos.
Se por pura
determinação, conseguisse te fazer esquecer,
Apenas de
dias de verão e borboletas lembrarias.
Só eu sei o
quanto quero curar estas assas,
Dar a ti,
doce criatura, uma nova chance de voar.
Fazer meu
coração sangrar no lugar do teu,
Se isto for
preciso para de uma vez por todas fazer o pranto secar.
Diante de
ti, sou apenas um bobo-da-corte,
Que a todo
custo tenta distrair a sua rainha,
Mas se não
olhares para mim,
Como posso
ser eu o motivo da tua alegria?
Minha menina
triste,
Eu estou de
joelhos implorando para que me dê uma chance,
A chance de
ser aquele que cuida de teu coração,
Aquele que
nunca permitirá que ele se parta ou que sangre.
Pois se
puder de algum modo te trazer para o reino que criei,
Apenas para
que possas ser a rainha do meu coração,
Onde tua
felicidade é a lei soberana,
Esteja certa
que já o terei feito antes que derrames uma nova lágrima sequer.
A tua dor é
minha, e meu amor é teu.
Se eu
pudesse te libertar desta prisão de dor,
Seria a
minha redenção diante de todos os meus pecados.
Mesmo que
para isso tivesse de dar cabo ao meu próprio coração."
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