quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O inevitável fim.

Sem rumos,
Dragada pelo medo de perder,
Perdi.

Joguei meu tesouro ao relento,
Tentando mantê-lo meu.
Afundando com o peso do baú nas mãos,
Enquanto tudo que tinha valor se perdia de mim.

Enquanto meus pulmões perdiam o ar,
Meus pés ficavam presos e afundavam.
Meu coração temia o segundo do fim.
Mas não conseguia largar aquilo que me afundava mais e mais.

Nada mais me poderia salvar, que não eu mesma.
E ainda me atinha ao medo de nada mais restar.
E ia perdendo tudo a cada debatida.
Me colocando mais fundo e mais irremediavelmente morta.

Até o segundo que nada mais tinha para me ater, 
E tudo que importava já estava além de meu alcance.
Já não podia voltar.
Não tinha mais pelo que lutar.

E então me lancei na sepultura que eu mesma construí.
Nada mais há de mim,
De tudo que impota.
Não há mais valor.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lágrima

É o grito seco que preso na minha garganta,
Vai se encontrar com a lágrima com sabor de fel.
Lágrima que lavou a face e alma ao mesmo tempo,
Lágrima que carrega a dor.

É o tempo que, amigo, vem de mansinho,
E faz secar a lágrima que insiste em cair-lhe nas faces.
Lágrima que simboliza uma época que deve ser deixada para trás,
Lagrima que não deixa morrer a dor.

É o riso que aos poucos se faz bem-vindo,
E vai dando lugar a lágrima que já não quer mais aparecer.
Lágrima que cumpriu seu papel com maestria,
Lágrima que não retornará assim tão logo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Descanso

Te vejo dormindo tão despreocupado.
É tão bonito ver que deixou um pouco de lado o peso do mundo.
Os olhos cerrados e o rosto em paz enquanto sonha.
Tua mão pousada ali sobre meus ombros,
E mesmo longe da realidade, percebo teu carinho.

Aqui na nossa bolha, te vejo deixar cair a armadura.
E eu que enquanto me recuso a acordar, te observo,
Sinto a segurança que só posso ter ao teu lado.
E passo o tempo sonhando acordada.
Pudera fazer as horas pararem de correr.
E deixar apenas a vida e felicidade que me inundam se fazerem sentir.

Ainda aqui pousada em teu peito, 
Vejo a doçura que tão bem esconde do mundo.
E me alegro de que a guarda para mim.
E num aperto em teus braços sinto teu toque,
Sendo envolvida pelo teu cheiro tão especial.

Pena ter de quebrar a redoma que nos isola do mundo,
E te despertar com todo o carinho que guardo para ti.
Te chamando de volta à vida, vejo seu lindo rosto.
Seu olhar meio confuso ainda e com um beijo me cumprimenta.
Apenas para me fazer que perceber que contigo, vivo um lindo sonho.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Te quero

Acordei com a certeza de que o mundo é nosso.
Acordei com teu sabor guardado na memória.
São teus olhos cravados em mim, mais forte que tatuagem,
Tuas mãos que me seguram e me fazem pedir por mais.
Tua boca me sacia e me enche de uma sensação que não sei explicar.

Ter você aqui em minhas mãos e poder me lançar nas tuas,
É um júbilo imenso e intenso que não dá para explicar.
Não é só um jogo, é entrega e desejo, é amor e querer.

Gosto de gostar do teu sorriso, tua voz que sussurra meu nome.
Gosto de pensar em ti mais que como um amigo.
E gosto de me sentir arder quanto me toca a pele.
De fluir em ti e me fazer receber teu êxtase.
Me lançando em ondas como o mar sobre os teus rios.

E nessa brincadeira que pique-pega e esconde-esconde,
Te encontro e pego, não deixarei partir e nem fugir.
Te quero muito e digo porque contudo, isso é amor.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Rumos novos.

Sei que não devo temer a mim mesma, ou você, talvez só o nós...
Nem mesmo a imensidão daquilo que cultivo nesse espaço tão ínfimo chamado coração.
Em águas tranquilas não se descobre quem é bom marinheiro,
Não sei como, nem mesmo se vou conseguir seguir até o cais.
Mas quero mesmo que seja em você meu porto seguro.

Vem aqui, me esquentar quando estiver frio.
Me ajuda a fechar as portas que alguém partiu e quebrou a fechadura.
Não dá para fingir que vai ser fácil ou até que é certo.
Mas independente da jornada, vale tudo pelo premio.
Só quero mesmo ser feliz, e quero isso com você lá.

Então deixa tudo ir, e me prende no teu mundo.
Vem aqui e vive no meu um pouquinho também.
Quero mais é seguir tentando achar o bem, que pensar encontrar o mal...
Só não me deixe à deriva e nem me roube a luz.
Enquanto navego aqui rumo ao novo mundo.

Vá quando precisar, mas nunca se esqueça de voltar.
Sou eu aqui, apenas eu.
E rumando sem saber ao certo, sigo até onde o vento me levar.
Enquanto o sol no horizonte caminha e vai...
E logo estaremos aportados no nosso lar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Realmente do silêncio ao grito...

Depois de meses de falação e gritaria internos em que lembranças e sentimentos se digladiaram dentro de mim, finalmente tive meus dias de silencio em que pude ouvir minha própria voz com clareza.
Por isso, meus amigos, é que tive esse longo período de ausência, pois enfim pude parar e pensar, ouvir e agir de acordo com meus reais intentos.
Mas agora que olho para trás e vejo tudo o que gritei por meses a fio, lembranças boas e tristes, meus pensamentos loucos e sãos que na confusão de um coração partido e uma vida dividida não sabia o que partilhar. E por esse motivo, agradeço a atenção e não, não deixarei de escrever, pois embora serena, ainda vivo e sinto.
E desse sentir e viver é feito meu coração, e por isso partilho minha alma com quem quer que queira ver, e falarei sim de meus amores e desamores, das decisões erradas e acertadas e da jornada e cruzada contra a infelicidade e ignorância (principalmente a ignorância de si mesmoem que tornei minha vida e sem medo direi o que tiver que dizer.
Novamente agradeço a todos e deixo aqui meu abraço literário a quem quer que se inspire ou partilhe dos momentos e pensamentos que aqui deposito.


domingo, 6 de maio de 2012

À Diana.

De uma quietude digna de santuário,
Uma paz que só da Deusa há de vir.
A felicidade de sentir-me completa quando canto a ti.
A lua plena no céu estrelado, a formar um véu sobre mim.
A relva sob os meus pés descalços.

Sinto a brisa da noite em minha pele marcada pela Deusa,
Teu símbolo de amor e sabedoria marcando-me como tua.
E nesse passo, de cantar a ti tua beleza Grande Mãe,
Sinto o aroma de flores vindo com o vento,
E teu amor me aquece e tua presença me enche de alegria.

Dançando em volta do fogo, teu nome em meus lábios,
Tua linda face vejo em minhas lembranças,
Lembranças de uma vida ancestral que me liga a ti.
Tua prece faço com amor, e peço a ti a paz que me concedes,
Luna vem abençoar com força e amor.

Agradeço a ti minha Deusa e peço apenas que sejas,
Sejas sempre a Minha Mãe,
Serei sempre tua, tua voz e tua face na terra.
Lhe venero e agradeço,
Tua face admiro nesse céu negro, grande Diana.