Te vejo partir e não posso te segurar aqui.
Deixo os dias irem e virem.
Sinto lentamente meu corpo envelhecer.
Uma pequena ruga aqui, um cabelo branco ali.
E os dias lentos de verão.
As longas noites de inverno.
O tic-tac de um relógio...
Sentimos a presença constante dessa força invisível.
O tememos, tentamos evitar que passe.
Mas eu o vejo sem ver.
Deixo o tempo correr.
Desperdiço a juventude.
Me entrego a velhice.
Tantas vezes que parti.
Tantas vezes que o 'parei'.
E sei que sua passagem é inevitável,
Mas queria que fosse devagar.
Ele corre quando te vejo.
Mas para que se arraste, é só você se afastar.
Antes que o meu se acabe,
O relógio anda a avisar.
Um minuto é só o que peço.
Um tempo bom, apenas para amar."
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