segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Olhos de ressaca.

"Minha doce Capitu,
Lhe vejo passar diante de mim.
E teus olhos, belos e profundos.
São olhos de ressaca.


Mesmo ciente de que morreria afogada,
Mergulho nesse mar bravio.
Teu coração, algo que não posso sondar.
Um sonho que desejo alcançar.


Estou aqui, como arreia, sendo arrastada.
Não posso fugir e nem quero.
Será o paraíso quando tuas mão eu tomar.
Minha doce dama, eu sempre lhe venero.


Quero muito nesse mar noturno,
Deixar-me arrastar por toda essa força.
Deixe-me desvendar os mistérios,
Que escondes aí, minha bela moça.


Fui totalmente dominada.
Sinto que estou em apuros.
Te amo tanto doce anjo.
Com esses olhos de demônio."




Aqui peço licença a Machado de Assis, para usar a expressão que tão bem define esses olhos, pois como o mar em ressaca, eles sempre me fascinaram e devastaram, e teus olhos me capituraram , e dominaram e ainda o fazem, e mesmo consciente que te amar, foi me perder ainda assim venero os olhos pelos quais há muito me apaixonei.

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