quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O inevitável fim.

Sem rumos,
Dragada pelo medo de perder,
Perdi.

Joguei meu tesouro ao relento,
Tentando mantê-lo meu.
Afundando com o peso do baú nas mãos,
Enquanto tudo que tinha valor se perdia de mim.

Enquanto meus pulmões perdiam o ar,
Meus pés ficavam presos e afundavam.
Meu coração temia o segundo do fim.
Mas não conseguia largar aquilo que me afundava mais e mais.

Nada mais me poderia salvar, que não eu mesma.
E ainda me atinha ao medo de nada mais restar.
E ia perdendo tudo a cada debatida.
Me colocando mais fundo e mais irremediavelmente morta.

Até o segundo que nada mais tinha para me ater, 
E tudo que importava já estava além de meu alcance.
Já não podia voltar.
Não tinha mais pelo que lutar.

E então me lancei na sepultura que eu mesma construí.
Nada mais há de mim,
De tudo que impota.
Não há mais valor.

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